quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conto do reencontro

Conto do reencontro


Foram meses e meses de saudade. Um sentimento de felicidade por relembrar bons momentos, tristeza por não ter o dito cujo do lado, e esperança por um reencontro. Após pouco mais de 5 meses, chega o dia.
Verdade que não tinha certeza do que estava sentindo, e que tudo era muito incerto. Após tanto tempo longe, nunca se sabe se o coração realmente esqueceu a paixão, ou se só está morno, guardado para o momento que a faísca for lançada ao combustível. Pior é também nao ter idéia de como a pessoa está, se está ocupada com outro alguém, se está tão disponível que vc será apenas mais uma no quantitativo dele, ou se de repente é seu grande momento de ter toda atenção dele pra vc.
Uma tarde em um feriado.
Banho correndo, leve corretivo, prepara a bolsa, dinheiro, celular, perfume, roupinha bonitinha, e táxi! “Shopping por favor!”. Alguns minutos depois, o sorriso, a alegria, a palpitação, o nervoso... tudo junto! Ahhhh tanta coisa pra falar, tanto corpo pra abraçar, tanto sentimento revivendo em mim que tenho até medo. Mas vou deixar fluir e seja o que Deus quiser né?
Fomos eu e ele, o ser simpático que me corroía a alma de saudade, agora bem na minha frente e eu me fazendo de durona, comer num mexicano. E como falamos! E como conversamos, sobre tudo. De repente o plano já tinha mudado e eu era completamente a favor de concordar, se não fosse pela promessa que tinha feito à minha amiga de ir à uma festa com ela nesta mesma noite de quinta- feira. Por ter prometido minha presença ao lado de minha amiga nesta balada, quase hesitei. Porém, fui egoísta neste momento e disse sim ao meu sentimento, e ao pedido carinhoso dele.
Lá estávamos nós, contentes. Olhando a Lua, e o céu. A natureza e o infinito. Tá .. exagerei. Mas era lindo! Pra não dizer mágico. Sim, meu sentimento por ele só crescia. E eu nao entendia se ele fazia àkilo de propóstio. Akilo o que? Eu explico!
Começou com música sertaneja animada e romântica de trilha das nossas conversas. Depois, veio o violão e todas as músicas românticas que ele sabia tocar e cantar, inclusive a do Lenine q eu AMO. “Seus olhos e seus olhares, milhares de tentações, meninas são tão mulheres, seu truques e confusões”Essa não foi a única, mas escutar essas músicas lindas de uma pessoa tão bonita, e ainda por cima olhando nos olhos é simplesmente magnífico e encantador. Naquele momento criava-se mais e mais paixão dentro de mim. Era como se ele fornecesse todos os ingredientes necessários para o sentimento mais belo.
Estava ficando frio e decidimos então acender a lareira. Obviamente não era do meu conhecimento que ele ainda teria que procurar a lenha! Hahaha... saímos por aí por entre as casas e a lua, o frio e as estrelas a procurar madeira. Ele já sabia onde encontrar. Voltamos e então ele começou a árdua tarefa de cortar a lenha. Pegou um machado e começou. Eu achava engraçada a forma como ele não desistia mesmo parecendo ser tão difícil quebrar toda aquela madeira só pra queimar tudo na lareira. Ele era persistente e não desistia da idéia de fazermos queijo na brasa e ficarmos aquecidos na sala contra o frio que aumentava junto com as horas adentrando a madrugada. Então continuou ali, por mais ou menos meia hora.
A lenha estava pronta. Levamos pra sala e ele acendeu a lareira pra aquecer nossos corpos do frio porque o calor da paixão que me queimava por dentro não conseguia manter minhas mãos que são geladas, quentes. Alguns minutos foram necessários para ajeitar os queijos no fogo. E então estávamos naquela cena linda de filme. Em frente à lareira, sentados fazendo carinho e observando cada detalhe bem de perto um do outro. Os queijinhos na brasa ficaram deliciosos. Comemos com guaraná e deitamos no sofá, juntinhos e quentinhos. Ahhh como era bom sentir tudo aquilo e passar momentos tão perfeitos com ele. Foram 5 meses esperando pelo tal reencontro e estava sendo muito mais perfeito do que eu imaginava! Será que eu estava sonhado??? Era bom demais pra ser verdade. Não resistimos e começamos a nos beijar, mas tão intensamente, com vontade, desejo, atração e coração. Sentir seus braços e mãos quentes a me abraçar e seus beijos deliciosos e calmos eram simplesmente tudo e mais um pouco do que eu queria.
Magrugada à fora ficamos conversando sobre tantos assuntos. Filmes que mais gostávamos, alguns em comum; gatos e cachorros; família e amigos; livros e histórias curiosíssimas sobre a nova geração no mundo; e até sobre trabalho e nossos medos e feridas mortais.
Recebi um beijo no rosto de bom dia na manhã seguinte, mas o sono era muito forte pra me fazer abrir os olhos e agradecer. Continuei debaixo das cobertas e senti um carinho no rosto contínuo... que gostoso sentir o carinho de seus dedos na minha buchecha sem esperar que eu estivesse acordada pra retribuir.
Admito que levantei quase duas horas depois. Entrei na internet, vimos um pouco de TV e nos arrumamos pra voltar à louca e agitada SP, em dia de chuva.
E o sonho parecia estar chegando ao fim. Na verdade eu me importava bastante pra saber se seria só um sonho maravilhoso em um feriado ou se seria o início de alguma coisa ainda nao definida. Mas mesmo sabendo que não tinha nada concreto, eu esperava vê-lo em breve mais uma vez, e quem sabe começar a definir a tal coisa indefinida que poderia começar naquele dia.


Mas nada começou, nada continuou, ainda creio que tive um belo sonho com um ser inexistente. Chega ser frustrante e absurdo o q eu sofri após tudo isso q vivi em menos de 24 horas. Isso é pra vc aprender a nao se deixar levar por conversa fiada, idiota!

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